terça-feira, 15 de janeiro de 2013

A Enorme Influência de G. K. Chesterton


Por Mike Miles


O texto que se segue é uma compilação de fatos que mostram a tremenda (e escondida) influência de G. K. Chesterton. Ele é fruto das pesquisas de muitos anos de Mike Miles, um Cristão Católico e ávido leitor do "príncipe dos paradoxos." Conheci Mike através da página do G. K. no Facebook, página excelente que abriga muitos debates interessantes e profundos sobre os mais diferentes temas. Uma vez na página mandei uma mensagem para o Mike pedindo permissão para a tradução deste texto, portanto não se preocupem, eu tenho a autorização para reproduzi-lo de acordo com minha livre tradução.

Como Mike deixa claro no texto, esta é apenas a primeira parte do texto, parte esta que cobre a influência de Chesterton apenas do ponto de vista "secular." Ainda estou em processo de tradução da segunda parte e também pretendo adicionar eu mesmo algumas coisas à ela. Assim que estiver pronta hei de posta-la também aqui no blog. 

Enfim, sem mais delongas, fechem o Facebook (ou deixem aberto), mas dediquem algum tempo para essa leitura. Sem mais!
Olá! Eu inclui abaixo alguns exemplos da influência de G. K. Chesterton (juntamente com alguns fatos interessantes). Devido à duração do material, entretanto, eu fui obrigado a fazer dois posts, um para exemplos de sua influência partindo de um perspectiva secular (a qual será coberta nesse post), e outro post que está linkado no final do texto (antes das referências), listando exemplos de uma perspectiva Cristã (tanto Católica quanto Protestante). 

Obviamente esta lista não é completa, e eu posso (e provavelmente irei) ir adicionando à ela de tempos em tempos, mas dá uma idéia geral de sua influência. Ademais, nas referências, os números das páginas dadas são de edições particulares nas quais eu encontrei a informação, claro. 

Eu espero que você a considere útil!

__________________________________________________

- A primeira obra de George Orwell a ser publicada na língua Inglesa foi um artigo que Chesterton, então editor de seu próprio jornal G. K.'s Weekly, publicou em 1928 [1]

- Gandhi leu um artigo em 1909 escrito por Chesterton sobre "Nacionalismo Indiano," que teria um profundo impacto no curso da história futura. Como P. N. Furbank explica:

Gandhi ficou estupefato com o artigo. Ele imediatamente o traduziu para Gujarati, e baseado nele escreveu o livro Hind Swaraj, sua primeira formulação própria de uma solução especificamente "Indiana" para os problemas de seu país. Portanto podemos argumentar, não absurdamente, que a Índia deve sua independência, ou pelo menos a maneira pela qual ela veio, à um artigo escrito em meia-hora por Chesterton em um pub na rua Fleet. [2]

  • A biografía escrita por Chesterton em 1906 sobre o grande romancista Vitoriano Charles Dickens foi a responsável pela renovação no interesse pela obra de Dickens que desde então "nunca diminuiu." [3]. Entre aqueles que consideram o livro como o maior livro já escrito sobre Charles Dickens estão o então Presidente Theodore Roosevelt, T. S. Eliot, George Bernard Shaw, William James, e Andre Maurois. [4] 
T. S. Eliot, por exemplo, escreveu

O livro de Chesterton sobre Dickens me parece ser o melhor ensaio jamais escrito sobre este autor. [5]

Entretanto, o maior tributo que Chesterton poderia ter recebido veio de dois filhos do próprio Dickens. Por exemplo: 

Kate Perugini, filha de Dickens, escreveu duas cartas com um entusiasmo enorme sobre o livro, dizendo que foi a melhor coisa escrita sobre seu pai desde a biografia de Foster. [6a]

De maneira similar, um filho de Dickens, Alfred Tennyson Dickens, "recomendou especialmente" este livro. [6b]

- A despeito de profundos desacordos sobre quase tudo G. K. Chesterton manteve amizades próximas com H. G. Wells e George Bernard Shaw. Wells, por exemplo, escreveu para seu amigo uma afetuosa carta em 1933, na qual declarou 

Se após tudo minha Ateologia se mostrar errada e sua Teologia correta eu sinto que sempre serei capaz de adentrar nos Céus (se assim eu quiser) como um amigo de G. K. C. [7]

E após a morte de Chesterton Wells escreveu

Do começo ao fim nós fomos amigos muito próximos… Eu nunca conheci ninguém tão firmemente verdadeiro à forma quanto G. K. C. [8]

George Bernard Shaw, por outro lado, sempre se referiu à Chesterton como um "gênio colossal," de acordo com o testemunho de T. E. Lawrence (vulgo "Lawrence da Arábia") [9], e declarou que

o mundo não é agradecido o suficiente por Chesterton [10]. 

Shaw e G. K. C. tiveram vários debates ao longo dos anos, os quais ambos desfrutaram imensamente, e enquanto nenhum dos dois tenha cedido espaço em suas respectivas posições nesses debates, deram uma demonstração viva do mandamento de amar nossos inimigos. Como o próprio Shaw declarou em um desses debates, 

Eu sempre segui o Sr. Chesterton com extraordinário interesse e prazer, e seu assentimento à qualquer visão minha me traz grande prazer pessoal devido à grande afeição que nutro pelo Sr. Chesterton. [11]

Ademais, Shaw descreveu a biografia de Chesterton sobre ele como "a melhor obra de arte literária que eu jamais provoquei." [12]

- O criador de Peter Pan, J. M. Barrie, era também um "amigo muito próximo" [13], e de fato, Chesterton e Shaw (e alguns outros) apareceram em um filme mudo que Barrie chamou de Rosy Rapture. Você pode descobrir mais sobre o filme, e ver uma fotografia que inclui Chesterton, Barrie e Shaw (juntamente com alguns outros) vestidos de cowboys (!) no link fornecido no final [14].

- Orson Welles era um grande admirador dos escritos de Chesterton, e em 1928 produziu uma dramatização do romance Chesterniano O Homem que foi Quinta Feira com a "Mercury Radio Theater on the Air" (apenas algumas semanas antes da histórica dramatização da Guerra dos Mundos de H. G. Wells que fez história ao criar uma onda de pânico através da América.) Um link é fornecido no final onde você pode ouvir à transmissão online [15], embora seja altamente recomendável ler antes o romance, uma vez que devido à limites de tempo e outros fatores uma parte do melhor material do romance (e de fato muitos diriam o mais importante) teve que ser deixado de fora, tornando mais difícil o acompanhamento da linha de história nas gravações. (Entretanto, é uma ótima transmissão, obviamente.) 

No começo da transmissão (embora infelizmente não inclusa no link abaixo), Orson Welles descreveu Chesterton da seguinte maneira:

G. K. C., Gilbert Keith Chesterton, grande e enormemente articulado convertido Romano e liberal, está morto agora por dois anos. Por um entusiasmo único de bom-senso, por um dom singular de paradoxo, por uma reverência profunda e uma alta perspicácia, e acima de tudo, por uma livre e desprovida de vergonha bela prosa Inglesa, ele jamais será esquecido. [16]

- Ray Bradbury descreve Chesterton como um de seus heróis literários, e escreveu uma longa história em forma de poema sobre seus heróis, mencionando Chesterton no próprio título, chamado: "The R. B., G. K. C., and G. B. S. Forever Orient Express" [17]

Como Bradbury explica:

"The R. B., G. K. C., and G. B. S. Forever Orient Express" não é uma história, per se, mas sim um poema-história, e é uma demonstração perfeita do meu amor completo pela biblioteca e seus autores desde o tempo que tinha oito anos de idade. Eu não cheguei na faculdade portanto a biblioteca se tornou o meu encontro com pessoas como G. K. Chesterton e Shaw e o resto daquele grupo fabuloso que vivia nas prateleiras. Meu sonho era um dia entrar na biblioteca e ver um dos meus livros se apoiando contra um dos deles. Eu nunca senti inveja ou ciúmes de meus heróis, eu apenas queria pegar um embalo em sua fama. [18]

- F. Scott Fitzgerald era também um fã de GKC. Ele escreveu que colocara "Barry [sic] e Chesterton" acima "de qualquer outro exceto Wells" [19] assim como confessou em 1917 que 

"Eu quero ser um integrante da nova escola de romancistas Americanos - a combinação de Wells-Shaw-Chesterton-Mackenzie" [20]

Ele também confessou em outro lugar

"Eu quero ser capaz de fazer qualquer coisa com as palavras: lidar com arrasadoras e ardentes descrições como Wells, usar os paradoxos com a clareza de Samuel Butler, a largura de Bernard Shaw e a perspicácia de Oscar Wilde, eu quero criar os selvagens e abafados céus de Conrad, os dourados pores do sol e céus de Hitchens e Kipling como também os amanheceres e crepúsculos de Chesterton. Tudo isto se dá como exemplo. De fato eu sou um professo ladrão literário, sempre à procura dos melhores métodos de cada escritor em minha geração." [21]

De fato, no primeiro capítulo do primeiro romance de Fitzgerald, This Side of Paradise, o protagonista é apresentado como alguém que leu O Homem que foi Quinta-Feira 

"…o qual ele gostou sem ter entendido" [22]

Ernest Hemingway também pagou tributo à Chesterton através de dois personagens na história curta “The Three Day-Blow,” que apareceu no seu livro “In Our Time.”

“Eu gostaria de conhecer Chesterton,” disse Bill.

“Eu gostaria que ele estivesse aqui agora,” disse Nick. “Nós o levaríamos para pescar no ‘Voix’ amanhã.”

“Eu me pergunto se ele gostaria de ir pescar,” disse Bill.

“É claro,” disse Nick . “Ele deve ser o melhor cara que existe. Você lembra de ‘Flying Inn”? 

Se um anjo dos céus,
Te der algo diferente para beber, 
Agradeça-o por suas gentis intenções;
Vá e despeje tudo no ralo. 

“Está certo,” disse Nick. “Eu acho que ele é um cara melhor que Walpole.”

“Ó, ele é um cara melhor, com certeza,” disse Bill.

“Mas Walpole é um escritor melhor.”

“Eu não sei,” disse Nick. “Chesterton é um clássico.”

“Walpole é um clássico também,” Bill insistiu. 

“Eu gostaria que ambos estivessem aqui,” disse Nick. “Nós levaríamos os dois para o ‘Voix’ amanhã.” [23]

- Terry Pratchett e Neil Gaiman também foram influenciados por Chesterton. Eles dedicaram seu romance Good Omens

“à memória de G. K. Chesterton, um homem que sabia das coisas.” [24]

De acordo com Gaiman, eles o fizeram porque

“nós sentimos que em um nível muito fundamental, estávamos fazendo O Homem que foi Quinta-Feira... O livro de Chesterton, O Homem que foi Quinta-Feira sublinha de tantas maneiras a ficção moderna.”[25]

Terry Pratchett, quando perguntado em uma entrevista da Barnes and Noble sobre quais eram seus dez livros preferidos, listou O Napoleão de Notting Hill de Chesterton como estando no topo de sua lista, dando para tal a seguinte razão:

Por me nsinar a como enxergar o mundo. Para Chesterton, até mesmo uma rua quieta era um mundo de fantasia e um poste de luz mais precioso que uma estrela (pois há um universo cheio estrelas, comparado a tal, um poste de luz é realmente incomum.) [26]

O romance de Neil Gaiman, Coraline, enquanto isto, começa com uma citação de Chesterton:

“Contos de fadas são mais do que verdade: não porque nos dizerm que dragões existem, mas sim porque nos dizem que dragões podem ser vencidos.” [27]

  • Agatha Christie era uma fã do detetive Chestertoniano Padre Brown:

“Padre Brown sempre foi um dos meus detetives favoritos... Ele é uma das poucas figuras nas histórias de detetive que podem ser apreciadas pelo que é por si mesmo, não importando se você é fã de detetives ou não.” [28]

  • Dean Kootz é outro Chestertoniano. Em uma entrevista com Gilbert Magazine, lhe perguntaram qual tinha sido o primeiro livro que ele tinha lido de Chesterton, pergunta à qual ele respondeu: 

“Ortodoxia, e teve um efeito profundo. Então eu li O Homem Eterno, que eu penso que foi o melhor dos dois. Juntos eles eram como um soco.” [29]

Na mesma entrevista, logo depois, quando perguntado sobre o quanto a precisão de Chesterton havia influenciado a sua própria, Koontz respondeu: 

“A precisão de sua linguagem, a clareza de seu pensamento, sua exuberante natureza, e seu prazer em alfinetar os sem graça que são sem graça por causa de seu severo materialismo - todas essas coisas influenciaram minha escrita.”

De fato, citações de Chesterton figuram como epígrafos de pelo menos quatro de seus romances (Relentless, Breathless, e dois volumes de sua série do Frankenstein: Lost Souls e The Dead Town). Koontz também dedicou The Dead Town à GKC:

“À memória de G. K. Chesterton, que apresentou sabedoria e verdades duras em um pacote deveras atrativo, mudando incontáveis vidas com gentileza e um sorriso.” [30]

  • Outra pessoa atingida pela influência de Chesterton foi Alfred Hitchcock. De acordo com o biógrafo de Hitchcock, Donald Spoto:

“A influência de Chesterton também deve ser avaliada. Muito admirados e celebrados pelo Clero Católico, e amplamente lidos pelos estudantes Católicos, os ensaios populares de Chesterton “A Defence of Penny Dreadfuls” e “A Defence of Detective Stories” (publicados em sua coleção de 1901 The Defendant) serviram de entretenimento ao adolescente Hitchcock, e lhe deram idéias para a formação de seu próprio estilo e visão enquanto um aprendiz de cinema. Foi Chesterton que defendou literatura popular, Chesterton que apontou a estrutura arquétipa e de contos de fada das histórias policiais, e Chesterton que defendeu a exploração do comportamento criminoso.”

‘Um dos mais estranhos exemplos do nível ao qual a vida comum é menosprezada é o exemplo da literatura popular, a massa vasta que nós contentemente descrevemos como vulgar’ Hithcock leu em ‘Penny Dreadfuls.’ [31]

De fato, o título (não a trama) de um dos filmes de Hitchcock (e de sua refilmagem), O Homem que Sabia Demais, é derivado de um livro de mistérios escrito por Chesterton: 

“Hitcock fez O Homem que Sabia Demais duas vezes, na Inglaterra em 1934 e na América em 1956. Era baseado em uma história de Charles Bennett e D. B. Wyndham-Lewis, embora o título de fato venha de uma coleção de mistérios de G. K. Chesterton, das quais Hitcock possuía os direitos e não tinha nada a ver com a linha de história dos filmes que ele fez.” [32]

  • Chesterton era um dos escritores contemporâneos favoritos do Presidente Theodore Roosevelt, [33] que expressou vontade em conhecer o autor durante uma visita à Inglaterra. [33a]

  • J. K. Rowling, um membro (pelo menos era - eu não sei se ainda é ou não) da Sociedade de Chesterton da Inglaterra, [34] tem homenageado Chesterton. [35]

  • O astro de Harry Potter Mark Williams também irá atuar na adaptação da BBC das histórias do Padre Brown. [35a]

  • Marcus Mumford da banda Mumford and Sons, quando perguntado em uma entrevista sobre qualquer “autor ou poeta favorito que possa ter ou não influenciado sua escrita”, respondeu declarando: “Eu estou realmente apreciando G. K. Chesterton no momento, ainda.” E prosseguiu ao declarar “Eu realmente quero ler Ortodoxia mas agora quero ainda mais ler estes três capítulos que meu irmão recomendou do Homem Eterno.” [36]

De fato, parte da canção “The Cave” mostra a notável influência de um capítulo do livro de Chesterton sobre São Francisco de Assis, aquela parte da música citando o livro quase palavra por palavra, que pode ser vista no link abaixo. [37]

E um dos livros de Chesterton, The Outline of Sanity, foi um dos livros figurados no “clube do livro” no site da banda. Marcus Mumford descreveu o livro de GKC da seguinte maneira:

“...eu sinto que este livro, ainda mais do que qualquer outro, é tão brilhantemente escrito e explicado, que qualquer tentativa de comentá-lo realmente não adicionará nada. É também ridiculamente denso, e tão rico que simplesmente existe muito para ser descrito em um blog tão limitado.”

Basta dizer que mudou minha vida; mas eu não espero, ou mesmo sinto que ele deva ter o mesmo efeito sobre todos! Penso que mesmo que você veementemente discorde do que GKC apresenta, é ainda assim uma experiência muito refrescante ler tais linhas de argumento tão consideradas e intrigantes. Especialmente agora, com tópicos tão polêmicos como ‘negócios grandes vs pequenos,’ ‘propriedada pública vs privada’, ‘feito-pelo-homem vs natural,’ etc. O real ideal político do Distributismo, eu ainda estou tentando entender, se me permitem ser honesto. Mas seu pensamento e escritos são simplesmente [****], na minha humilde opinião! [38]

  • Em 1954, Alec Guinness estrelou o filme The Detective as Father Brown (clipes do mesmo podem ser encontrados no Youtube),  e uma experiência durante as gravações deste filme teve um profundo impacto na sua subsequente conversão à Igreja Católica. [39]

- Os criadores de Columbo escreveram:

“Quando criamos Columbo, fomos influenciados pelo burocrático Petrovitch em Crime e Punição e pelo maravilhoso pequeno clérico de G. K. Chesterton, Padre Brown.” [40]

  • Pouco tempo após a morte de Chesterton, T. S. Eliot escreveu um tributo obituário para o The Tablet (20 de Junho de 1936), no qual após louvar e criticar o trabalho de Chesterton na literatura, continou para descrever como GKC estava “constantemente e importantemente do lado dos anjos”. Ele descreveu as idéias econômicas de Chesterton como: 

“as idéias de seu tempo que eram fundamentalmente Cristãs e Católicas. Ele fez mais, penso eu, que qualquer homem de seu tempo... para manter a existência da minoria importante no mundo moderno. Ele deixa para trás uma reinvidicação permanente à nossa lealdade, para ver que o trabalho que ele fez em seu tempo seja continuado no nosso.” [41]

  • Michael Crichton, na bibliografia de seu romance Next, incluiu dois livros de Chesterton, What’s Wrong With the World e Eugenics and Other Evils. Em sua descrição do primeiro livro, Crichton notou que “Chesterton viu as implicações [de seus contemporâneos] da visão da sociedade do século vinte, e predisse exatamente o que isto resultaria.” Ao descrever o segundo livro, ele declarou: 

“Chesterton foi uma das poucas vozes a se opor contra a eugenia no começo do século vinte. Ele a enxergou como fraudulenta em todos os níveis, e predisse onde iria chegar, com grande exatidão. Seus críticos eram uma legião; o chamaram de reacionário, ridículo, ignorante, histérico, incoerente, e cegamente preconceituoso, notando com desdém que ‘sua influência em liderar pessoas para o caminho errado é considerável.’ Ainda assim Chesterton estava certo, e o consenso dos cientistas, líderes políticos e intelectuais em geral estava errado.... É importante ler este livro porque, em retrospecto, está claro que os argumentos de Chesterton eram perfeitamente sensíveis e exigiam uma resposta, e ainda assim ele foi simplesmente abafado pelos gritos.” [42]

- A lenda do golfe Bobby Jones era igualmente um fã de Chesterton, e Golf Digest reportou o que declaram como sendo “uma forte teoria” que a razão da jaqueta do Mestre ser verde pode ser encontrada na história do Padre Brown, “The Queer Feet.” [43]

  • Clarence Darrow, com quem Chesterton tinha debatido em sua última visita à América, o descreveu da seguinte maneira: 

“Eu fui favoralmente impressionado por, e calorosamente ligado ao Sr. Chesterton. Eu apreciava meus debates com ele, e o considerava um homem de cultura e fina sensibilidade. Se eu e ele houvéssemos vivido onde pudéssemos ter nos conhecido melhor, eventualmente teríamos parado de debater, eu acredito firmemente.” [44]

  • Evelyn Waugh apreciava os escritos de Chesterton, e Chesterton ajudou a inspirar Brideshead Revisited. Nas palavras de Joseph Pierce: 

“O mais chocante exemplo da influência de Chesterton em Waugh deve ser encontrado na maneira pela qual Chesterton inspirou Brideshead Revisited, indiscutivelmente o melhor romance de Waugh e inegavelmente um dos maiores romances do século vinte. O tema central do romance da redenção de almas perdidas através do “gancho e linhas invisíveis...o puxão da linha” foi tirado de uma das histórias do Padre Brown. Waugh disse a um amigo que estava ansioso para obter uma cópia da antologia das histórias do Padre Brown na época que ele estava fazendo os retoques finais de Brideshead, e um memorando que ele escreveu para os estúdios MGM quando uma versão de filme do romance estava sendo considerado confirmaram a profundidade da influência de Chesterton: 

‘A Igreja Católica Romana possui o poder único de manter controle remoto sobre as almas humanas que uma ver foram partes dela. G. K. Chesterton comparou isto à linha do pescador, que permite ao peixe a ilusão dos movimentos livres na água mas ainda assim o mantém no anzol; em seu próprio tempo o pescador através de um “puxão na linha” traz o peixe à terra.” [45]


  • A banda Britânica de Heavy Metal Iron Maiden usou o primeiro verso do hino de Chesterton “O God of Earth and Altar” como a primeira parte de sua canção “Revelations” em seu álbum de 1993 Piece of Mind (o qual pode ser encontrado no Youtube). 

  • O Presidente John F. Kennedy era um admirador de Chesterton, [46] e o Presidente Ronald Reagan “citava GKC frequentemente.” [47] Um exemplo no Youtube de Reagan citando Chesterton pode ser visto no link no final da página nas referências (aproximadamente 41 segundos de vídeo). [48a]

  • Similarmente, o Presidente Woodrow Wilson também admirava os escritos de Chesterton. [48b]

  • J. R. R. Tolkien também faz referência à Chesterton: 

“No seu ensaio, ‘On Fairy Tales’, Tolkien confessa a influência do que ele denomina Fantasia Chestertoniana em sua própria formulação da natureza, do sobrenatural, da mitologia. Não é, de fato, de se admirar que Chesterton tenha sido tão importante para o jovem Tolkien. A colossal influência de Chesterbelloc sobre a vida intelectual da Inglaterra em geral, e sobre a vida intelectual Católica da Inglaterra em particular, atingiu sua maior potência e profundidade dos anos 1900 até o estouro da Primeira Guerra Mundial em 1914. Isto é significativo pois coincide com a juventude de Tolkien e, presumivelmente com os anos mais cruciais de seu próprio desenvolvimento intelectual e espiritual. Ele tinha oito anos de idade quando Chesterton explodiu na cena literária e intelectual e tinha vinte e dois anos quando a guerra estourou. [49]

  • Martin Luther King também citou GKC: 

“Outros escritores que King cita ou parafraseias incluem Tennyson, Hugo, Emerson, Chesterton, Longfellow e Dante.” [50]

Um exemplo de King citando Chesterton pode ser encontrado em seu livro Strenght to Love:

“Sem dependência de Deus nossos esforços se transformam em cinzas e nossos porês-do-sol em trevas. A menos que Seu espírito permeie nossas vidas, nós encontramos apenas o que G. K. Chesterton chamou de “curas que não curam, bençãos que não abençoam, e soluções que não solucionam.” [51]

  • Alexander Solzhenitsyn era outra pessoa que lia Chesterton:

“Embora Solzhenitsyn nunca tenha escrito nada sobre G. K. Chesterton, ele possuía uma edição de suas obras selecionadas e as leu de capa à capa.” [52]

  • O romance de Chesterton O Napoleão de Nothing Hill inspirou Michael Collins a liderar o movimento pela independência da Irlanda. (De fato, conhecendo de antemão o gosto literário de Collins, e desejando que conhecessem melhor sua mentalidade, é dito que o Primeiro Ministro Britânico Lloyd George presenteou uma cópia do romance de GKC à cada membro de seu gabinete antes do encontro com a delegação Irlandesa durante as negociações do tratado Irlândes). [53] Também:

“Uma das idéias centrais de Collins foi derivada do livro de Chesterton O Homem que Foi Quinta-Feira. O livro foi dado por Joseph Plunkett, seu superior imediato em 1916... E Collins prezava em particular o conselho do Anarquista Chefe no livro de Chesterton: ‘Se você não aparentar estar escondido ninguém o caçará.’ Conforme o conselho Collins nunca parecia estar se escondendo. Ele sempre usou belos ternos, diligentemente passados. E vez após vez este jovem empresário passou entre fileiras de policiais intocado, com os bolsos cheios de documentos incriminadores.” [54]

  • Chesterton foi o primeiro presidente do Detection Club. Strand Magazine nota:

“Em 1929 Anthony Berkeley fundou o Detection Club de Londres, sendo um de seus confessos propósitos promover os ideais que Chesterton havia articulado como crítico e realizado de maneira tão bem sucedida como escritor nas histórias do Padre Brown. Era um grupo pequeno e seleto que incluia Dorothy L. Sayers, Agatha Christie, Freeman Wills Crofts, E. C. Bentley, Austen Freeman e Ronald Knox. Até os dias atuais seus membros devem aderir, quando escevendo seus mistérios, à certas regras de jogo limpo - aquelas tão habilmente incorporadas nos mistérios de Chesterton.”

Chesterton, é claro, foi devidamente instalado no clube como primeiro presidente, uma posição que ocupou até sua morte em 1936. Foi uma honra apropriada para o porta-voz principal das histórias de detetive e reconhecido pai dos aconchegantes mistérios de assassinato.” [55]

- Dorothy Sayers reconheceu sua dúvida para com Chesterton: 

“Eu penso, em algumas maneiras, que os livros de G. K. tornaram-se mais parte do meu desenvolvimento mental do que aqueles de qualquer escritor que você possa nomear.” [56]

  • A amizade próxima de Chesterton com Hillaire Belloc inspirou George Bernard Shaw à criar o termo “Chesterbelloc”. E o poema satírico de Belloc “Lines to a Don” foi escrito em resposta ao

Remoto e ineficaz Fidalgo
Que ousou atacar meu Chesterton.

Em adição, Belloc escreveu um poema sobre Chesterton chamado “The Only Man I Regularly Read”. Finalmente:

“Nos últimos anos, Belloc descreveria Chesterton como ‘O Mestre’ e iria considerá-lo um pensador tão profundo e tão direto de maneira a não possuir nenhum igual.” [57]

  • “The Ballad Of The White Horse,” frequentemente citado nos jornais Londrinos durante a Segunda Guerra Mundial, é um dos grandes poemas épicos da Língua Inglesa. Entre seus admiradores estavam Graham Greene e C. S. Lewis:

“[The Ballad of the White Horse] capturou a imaginação de toda uma geração e influenciou alguns dos maiores escritores do século. John Galsworthy, C. S. Lewis e J. R. R. Tolkien estavam entre seus admiradores, embora Tolkien mais tarde tenha se tornado mais crítico de suas indiscutíveis falhas. Era também um dos poemas favoritos de Graham Greene. Em uma entrevista publicada no Observer em 12 de Março de 1978, Greene chamou Chesterton de “outro poeta subestimado.” Para ilustrar o ponto, ele cita a Balada: “Coloque The Ballad of the White Horse contra The Waste Land. Se eu tivesse que perder um deles, eu não tenho certeza que... bem, de qualquer maneira, digamos que eu re-leria A Balada mais frequentemente!” [58]

  • Outro admirador de A Balada foi W. H. Auden. [59] Auden também descreveu o primeiro livro de Chesterton a ser publicado, Greybeards at Play (uma coleção de poesias leves) como “alguns dos melhores e mais puros versos de nonsense em Inglês.” [60]

  • Kingsley Amis descreveu o romance O Homem que foi Quinta-Feira como “o livro mais emocionante que já li.” [61]

  • O Membro do Hall da Fama do Rock Dion DiMucci tem altos elogios, declarando:

“Então eu fui para G. K. Chesterton... ele era Católico e eu comecei a olhar o que ele dizia sobre Catolicismo, e eu estou te dizendo... C. S. Lewis, [Chesterton], esses caras são meus heróis. Eu amo esses caras.” [62]

  • E. F. Schumacher foi grandemente influenciado por GKC:

“Fritz Schumacher, filósofo fundador do novo movimento conservador e descentralizador, reconheceu sua dívida à inspiração do pensamento Chestertoniano e a filosofia social do Distributismo. De fato, seu famoso livro, Small is Beautiful, cresceu a partir de um ensaio o qual ele originalmente chamou de Economia Chestertoniana.” [63]

  • Uma interessante (porém enigmática, por razões que ainda devem ser mostradas) anedota envolvendo James Joyce:  

“Durante a Primeira Guerra Mundial, James Joyce formou uma companhia de teatro afim de produzir peças Inglesas na Suíça. Uma das produções era para ser Magic, de Chesterton, que foi ensaiada em Maio de 1918. Quando, entretanto, o consulado Britânico considerou a peça não-patriótica, dois dos atores resignaram, e Joyce largou Magic em favor de material menos controverso.” [64]

  • Franz Kafka sobre Chesterton:

“Ao discutir ambos Ortodoxia e O Homem que foi Quinta Feira Kafka declarou que Chesterton “é tão feliz que alguém pode quase acreditar que ele encontrou Deus... em uma época tão ímpia alguém deve ser feliz. É um dever.” [65]

  • Karel Capek escreveu uma carta, pedindo que ele visitasse Praga:

“...Se você pudesse vir o próximo verão, eu lhe imploro que seja meu convidado... Você irá encontrar aqui tantas pessoas que lhe admiram. Eu pessoalmente gosto de você mais do que qualquer outro escritor, foi por tua causa que estando em Londres eu passei a habitar em Notting Hill e foi por tua causa que eu gostei. Eu não posso acreditar que não o encontrarei novamente. Por favor, venha à Praga.

Eu lhe desejo um Feliz Ano Novo, Sr. Chesterton. Você deve ser feliz, fazendo seus leitores felizes. Você é muito bom.” [66]

  • Uma citação engraçada de Robert Frost:

“Em 1912 Robert Frost alugou uma casa de cinco cômodos em Beaconsfield, notando que sua locação estava ‘dentro de uma milha ou duas de onde Milton terminou o Paraíso Perdido, de onde Grey jaz enterrado e dentro da distância de um estádio de onde Chesterton testa a verdade afim de ver se ela não se provará verdadeira de cabeça para baixo como ela o faz  de cabeça para cima.’” [67]

  • H. L. Mencken, embora frequentemente crítico de Chesterton (incluindo na presente ocasião), ainda assim escreveu em uma revisão da biografia de GKC por George Bernard Shaw:

“O homem mais esperto em todo o mundo... está aqui fazendo seu mais esperto escrito. ...Nunca desde Santo Agostinho haviam os deuses nos enviado um homem que podia tornar o incrível tão fascinantemente provável.” [68]


  • T. H. White anunciou na ocasião da morte de Chesterton: 

  1. K. Chesterton morreu ontem. P. G. Wodehouse é agora o maior mestre vivo da língua Inglesa.” [69]

  • P. G. Wodehouse, por sua vez, introduziu Chesterton em sua ficção, fazendo bem-humoradas referências ao seu peso (das quais GKC sem dúvidas teria rido mais alto do que qualquer pessoa). Um exemplo está em Mr Mullner Speaking: 

“Naquele momento, entretanto, a sonolenta quietude do verão foi estilhaçada pelo que pareceu aos seus nervos tensos como G. K. Chesterton caindo em uma folha de estanho.”

  • Martin Gardner reimprimiu aproximadamente um terço do capítulo “A Ética da Elfolândia” (do livro Ortodoxia) em seu próprio livro Grandes Ensaios sobre a Ciência, conferindo à seleção o título de “A Lógica da Elfolândia.”

Gardner também escreveu um livro sobre a ficção de Chesterton chamado The Fantastic Fiction of Gilbert Chesterton (A Fantástica Ficção de Gilbert Chesterton), sendo a maioria dos capítulos introduções que ele já havia escrito a livros de GKC.

  • O psicólogo William James fez referência ao livro de Chesterton Hereges como “uma admirável coleção de ensaios.” [70a] Em outro lugar, em uma carta à John Jay Chapman em 1906, ele também descreve sua admiração por GKC (embora crítico do amor de GKC pelo paradoxo): 

“...e eu se não me engano também G. K. Chesterton. Eu espero que você conheça e ame este último escritor citado, que me parece um grande contador de verdades. Sua preferência sistemática por contradições e formas paradóxicas de declarações parecem-me uma afetação que deve de certa maneira ser lastimada em tão rica mente; mas esta é uma mácula da qual alguns de nossos maiores intelectos não estão completamente livres.” [70b]

Incidentalmente, duas anedotas engraçadas envolvendo GKC e William James são relatadas, uma por H. G. Wells na biografia de Maise Ward de Chesterton, [71] e a outra pelo próprio Chesterton, embora a última lide mais diretamente com o irmão de William, Henry James. [72] Entretanto, William também estava presente. 

  • Marshall McLuhan, que se converteu ao Catolicismo tendo como base sua leitura de Chesterton, escreveu um artigo intitulado “G. K. Chesterton: A Practical Mystic,” (G. K. Chesterton, Um Místico Prático), bem como a introdução do primeiro livro de Hugh Kenner “Paradox in Chesterton” (Paradoxo em Chesterton).

  • Outro fato interessante, do meio dos anos 90:

“Um retrato de Chelsea Clinton, feito em pincel colorido e retratando a adolescente como um anjo adolescente, pode ser visto suspenso na sala de estudo de Hillary Clinton. A artista, Sue Shanahan de Mokena, Illinois, inscreveu o desenho com “Anjos voam porque não se levam muito a sério,” uma citação familiar de Chesterton.  [73]

  • Antigo Secretário de Imprensa da Casa Branca Tony Snow listou o clássico de Apologética Cristã Ortodoxia como sendo o primeiro em sua lista de livros que devem ser lidos. Como Snow coloca tão bem: “Chesterton não escreveu com uma caneta; ele escreveu com fogos de artíficio.” [74]

  • Karl Swenson também tem uma conexão com GKC. Em 1945, Swenson estrelou no papel de Padre Brown em uma adaptação para o rádio. [75]

  • Finalmente, para concluir a seção detalhando a influência “secular” de Chesterton:

Outros admiradores incluem Marshall McLuhan, Agatha Christie, E. F. Schumacher (“pequeno é lindo”), Dorothy L. Sayers, Dorothy Day, Hugh Kenner, Gary Wills, Graham Greene, J. R. R. Tolkien, John F. Kennedy, Ernest Hemingway, o argentino e vencedor do Prêmio Nobel Luis Borges e a lista continua... [76]

__________________________________________________

Também, aqui estão algumas observações gerais. 

Primeiro:

[G. K. Chesterton] foi indicado ao Prêmio Nobel da Literatura em 1935, mas no final nenhum prêmio foi entregue aquele ano.” [i]

Segundo, como Martin Gardner observa: 

“Gilbert Keith Chesterton e Herbert George Wells, juntamente com George Bernard Shaw eram os três escritores mais famosos da Inglaterra Edwardiana.” [ii]

Finalmente, apenas algumas das citações do obituário de mais de 2,000 palavras (que apareceu na capa da frente do The New York Times) o dia após a morte de Chesterton:

-”...[Chesterton foi] por mais de uma geração a personalidade mais exuberante na literatura Inglesa.”

-”Sua pena havia passado por quase todos os campos na literatura durante quase quarenta anos. Era como encontrar uma lenda viva ver seu corpo enorme fazendo seu caminho pelas ruas de Londres ou erguendo-se da mesa para fazer um daqueles inigualáveis discursos após o jantar os quais ele dominava como ninguém.”

“Ele era um mestre do paradoxo, porém, mais do que isso, sua imaginação corria solta sobre as letras, artes, religião, filosogia, e assuntos atuais, de maneira que se torna quase impossível fazer um catálogo completo de todos os seus escritos. Ele não apenas se tornou o mais cintilante ensaísta de sua época, mas também escreveu romances, histórias de detetive, peças, poemas em uma torrente quase infinita, e como crítico literário, ele nos deu o maios livro já escrito sobre Dickens.”

-”Com escritores como Kipling, Wells, Bennett, Belloc, Conrad e outros de seu tempo,  o Sr. Chesterton teve um papel deveras importante na literatura Inglesa. Sua versatilidade era quase tão assombrosa quanto sua imensa capacidade para o trabalho.”

-”Quantidade, lá havia, mas também, muita qualidade. Suas opiniões podem ter sido extravagantes e chocantes, mas  ele nunca foi estúpido” [iii]


Referências


1. Wisdom and Innocence, p.363
2. G.K. Chesterton: A Centenary Appraisal, p.21
3. Defiant Joy, pp.97-98.   
4. G.K. Chesterton: The Apostle of Common Sense, p.17 
5. G.K. Chesterton: A Centenary Appraisal, p.182
6a. Gilbert Keith Chesterton, p. 158
6b. Ohio Educational Monthy, Volume 61 (1912)
7. Wisdom and Innocence, p. 436.
8. Gilbert Keith Chesterton, p.371
9. Collected Works of G.K. Chesterton: Plays, Chesterton on Shaw, p. 30
10. http://www.chesterton.org/discover/who.html
11. Collected Works of G.K. Chesterton: Plays, Chesterton on Shaw, p. 544
12. Wisdom and Innocence p.143
13. Autobiography, p. 184
14. http://bioscopic.wordpress.com/2008/05/30/pen-and-pictures-no-3-jm-barrie/
15. http://sounds.mercurytheatre.info/mercury/380905.mp3
16. Defiant Joy, p.124
17. The Cat's Pajamas, pp. 227-234
18. The Cat's Pajamas, xviii-xix
19. A Life in Letters
20. F. Scott Fitzgerald: General perspectives ; Fitzgerald and other writers, p.67
21. F. Scott Fitzgerald on Authorship, p.34 (emphasis mine)
22. http://en.wikisource.org/wiki/This_Side_of_Paradise/Book_One/Chapter_1
23. http://www.faculty.english.ttu.edu/rice/3360/ThreeDayBlow.pdf
24. Good Omens
25. http://www.the-trades.com/article.php?id=1626
26. http://www.barnesandnoble.com/writers/writerdetails.asp?cid=1008618
27. Coraline
28. http://www.prayerfoundation.org/books/book_review_father_brown_omnibus.htm
29. Gilbert Magazine, December 2009, p.18
30: Frankenstein: The Dead Town
31: The Dark Side of Genius: The Life of Alfred Hitchcock, Donald Spoto, p. 40
32. Hitchcock as Philosopher, Robert J. Yanal, p. 166
33. Carry a Big Stick: The Uncommon Heroism of Theodore Roosevelt, George Grant, p.123
33a.  http://platitudesundone.blogspot.com/2012/07/theodore-roosevelt-and-gkc-again.html
34. The Mystery of Harry Potter, Nancy Brown, p. 21
35. Literary Giants, Literary Catholics, Joseph Pearce, p. 85
35a.  http://platitudesundone.blogspot.it/2012/06/harry-potter-star-mark-williams-to-star.html
36. http://www.americansongwriter.com/2010/12/drinks-with-mumford-sons
37. http://platitudesundone.blogspot.com/2011/02/mumford-and-sons-cave-and-gkcs-saint.html
38. http://www.mumfordandsons.com/blog/book-club-returns-book-3-the-outline-of-sanity-and-more?tag=marcus-book-club
39. http://gilbertmagazine.com/page_06.html
40. http://www.columbo-site.freeuk.com/created.htm
41. G.K. Chesterton: A Centenary Appraisal, Edited by John Sullivan, p. 182
42. http://insightscoop.typepad.com/2004/2007/09/michael-crichto.html
43.http://web.archive.org/web/20070623112303/http://golfdigest.com/search/index.ssf?/majors/masters/gw20070330whygreen.html
44. Chesterton as Seen by His Contemporaries, Cyril Clemens, p. 68
45. Literary Giants, Literary Catholics, Joseph Pearce, pp. 212-213
46. http://www.patrickkillough.com/courses/gkc_peo_03.html
47. The Quotable Chesterton, p. xv
48a. http://www.youtube.com/watch?v=D2AxXNwzZvQ&feature=player_embedded
48b. http://platitudesundone.blogspot.com/2012/01/president-woodrow-wilson-on-gkc.html
49. Literary Giants, Literary Catholics, Joseph Pearce, p. 248
50. Ring Out Freedom: The Voice of Martin Luther King, Jr. and the Making of the Civil Rights Movement, Fredrik Sunnemark, p. 246 (emphasis mine)
51. Strength to Love, Martin Luther King, Jr.
52. Gilbert Magazine, July/August 2009, p. 44
53. Wisdom and Innocence, Joseph Pearce, p. 89
54. http://www.generalmichaelcollins.com/The_Path_to_Freedom/Foreword.html
55. http://www.strandmag.com/fatherbrown.htm
56. Wisdom and Innocence, Joseph Pearce, p.484
57. Old Thunder, Joseph Pearce, p. 101
58. Literary Giants, Literary Catholics, Joseph Pearce, p. 42
59. The Ballad of the White Horse (with introduction by Sister Bernadette Sheridan), p. xxix
60. Chesterton and the Romance of Orthodoxy, William Oddie, p. 199
61. http://www.amazon.com/gp/reader/0140183884/ref=sib_dp_top_bc/104-7407367-4455108?_encoding=UTF8&p=S05E#reader-link
62. http://www.johncodyonline.com/home/articles/2006-02-dion
63. G.K. Chesterton: A Prophet for the 21st Century, Aidan Mackey, p. 10
64. James Joyce, Richard Ellman, pp. 439-40
65. Wisdom and Innocence, Joseph Pearce, p.108
66. Wisdom and Innocence, Joseph Pearce, p.349 (emphasis mine)
67. Robert Frost, Lawrence Thompson, p. 394 (emphasis mine)
68. Defiant Joy, Kevin Belmonte, pp. 142-144
69. Literary Converts, Joseph Pearce, p.191
70a. Pragmatism, a New Name for Some Old Ways of Thinking, William James, p. 3
70b. The Letters of William James, p. 257
71. http://platitudesundone.blogspot.com/2011/07/hg-wells-on-gk-chesterton.html
72. http://platitudesundone.blogspot.com/2011/05/henry-and-william-james-visit.html
73. Chicago Tribune, September 11, 1994, Tempo p. 1.
74. http://www.foxnews.com/story/0,2933,112958,00.html
75. http://en.wikipedia.org/wiki/The_Adventures_of_Father_Brown
76. http://www.patrickkillough.com/courses/gkc_peo_03.html


i. Collected Works of G.K. Chesterton, Volume 10, part II, xix
ii. The Fantastic Fiction of Gilbert Chesterton, Martin Gardner, p. 14
iii. http://select.nytimes.com/gst/abstract.html?res=F30912FF3F58107A93C7A8178DD85F428385F9&scp=2&sq=G.K.+Chesterton&st=p




Nenhum comentário:

Postar um comentário